Tribal Fest 14 - Vídeos Comentados SÁBADO


Olá pessoal!

Mais uma sequência de vídeos comentados do Tribal Fest 14 =D Na postagem dos vídeos de sábado, eu, Carine Würch e Dany Anjos estaremos dando nossas opiniões sobre algumas apresentações.


Sábado 

Anaya Tribal




Aerith: Gostei muito do figurino medieval.Pena que depois elas tiram no meio da apresentação, ficando apenas com o sutiã e calça pretos. É bacana que elas mudam muito de figurino durante a apresentação ,  e isso confere certo dinamismo a mesma. Meio que dá uma reciclada das energias ao longo da apresentação. Curti! A parte das saias estampadas(liiindas!!) é com muito snujs, ficando mais animada. De fato, a minha parte favorita foi a terceira, pois a música é bem empolgada(lembrando essas que tocam em academia xD), e elas dançam ATS de forma precisa.


Carine Würch: Gostei muito do início da formação em trio, da música e da coreografia, elas estão contando a história do seu grupo de dança; achei muito interessante e gostei dos figurinos e da movimentação com os véus. A segunda parte ficou muito legal, muito expressiva e diferente do que a gente espera. Eu acho que elas acertaram, muitos grupos tentaram inovar nas músicas e figurinos; eu acho que conseguiram manter o padrão da dança do grupo, mesmo com uma dança que não estamos acostumadas a ouvir no meio (eu pelo menos, rs).

Bevin Victoria
 



Aerith:A música foi muito bem escolhida. Dá para sentir muita emoção, tanto vindo da voz da cantora quanto da interpretação da bailarina. Eu já passei por uma gestação e sei quanto é difícil de se superar, não só os desconfortos metabólicos que a gestação provoca em você, como náuseas, vômitos,etc;mas como preconceitos, dificuldades na vida. Eu quase chorei ao terminar de vê-la dançar. Sendo bem sincera. Quem é mãe ou está gestando vai se identificar com sua dança. 

Depois fui buscar pela tradução da música para saber o que significava...e vi que dizia sobre  as dificuldades da vida, por segurar as pontas e não desistir,por precisar de ajuda, mas não desistir, sobre sofrimento...

Ela dança como se fosse seu último suspiro;ela parece não ter fôlego. Ela dança com intensidade e vigor. Sentimos sua dor, sentimos o rasgar de suas entranhas. Ela dança muuuito! Super técnica. Movimentos impactantes. Quando ela fez o cambrê, fiquei bolada rsrs.


Carine Würch: Uma grávida linda (bem grávida), fazendo movimentos precisos e limpos, giros. Ela contou como esta com dificuldade em fazer certos movimentos (onde??? Rsrsrs) e como teve que se adaptar a esta nova realidade. Uma música forte e envolvente, que exigiu bastante dela. Corajosa e competente, eu adorei.

FatChance Bellydance 




Aerith:Com certeza foi uma apresentação épica! Várias Sister Troupes dançando no mesmo palco! Adorei tudo! E vemos o recado que na dança não há preconceitos! Dançou idosos, crianças e todo tipo de biotipo. E todas foram lindas. E nunca vi tanta japa dançando ao mesmo tempo rsrs no final vemos o grupo original do FCBD, finalizando o espetáculo com chave de ouro. Adorei a saída bem descontraída do palco, fazendo charminhos. Ficou muito fofo!:3

Carine Würch:Carolena iniciando tudo com o Puja, a saudação-agradecimento-reverência,  já me tocou. Ver as senhoras mais velhas dançando juntas, algumas cheias de tatuagens, alguns segundos atrasadas, mas no palco e unidas, me deixou feliz e com muito esperança em me ver assim com a minha tribo no futuro.  Toda a apresentação foi linda, mas Devi Mamak é uma presença intensa no palco. Ela tem muita postura e personalidade.

Dany Anjos: As visões sobre o ATS® ® são as mais diversas, no geral, as pessoas se encantam e se atraem pelo figurino, pela magia e sintonia que o ATS®  proporciona, porém algumas, equivocadamente, e por não conhecer a fundo esta técnica, acreditam que ela limita-se a uma quantidade de passos e formações que não podem variar muito, o que é um grande engano. Neste recente vídeo, podemos ver diversos grupos “exalando” sua criatividade, com formações diversas, figurinos criativos, músicas bem interessantes sem que a base do ATS®  se perca. O vídeo começa com a mãe do estilo tribal americano, Carolena Nericcio, em um solo e o PUJA, em seguida troupes do Studio Fatchancebellydance, BlueDiamondsBellydance, Tessera Tribal Belly Dance, Red Lotus Belly Dance, Daruma Dance Colletive, alguns deles vemos com mais frequência, outros eu vi pela 1° vez, teve também a participação especial de Devi Mamak; e pra fechar, o próprio FatChance, com um figurino diferente com saias estilo sereia,  a despedida super divertida empolgou a todos! Um vídeo lindo e que nos mostra que os grupos de ATS® não são todos iguais, cada um tem a sua essência.

Catherine De Sève



Aerith:Ela é uma das minhas favoritas do Tribal Fest! Ela esbanja bom gosto em todas suas apresentações. Esse ano ela vem em tons pastel, puxando para o bege e marrom, mas com muitas estampas. Sua cabeça está limpa, bonita e harmoniosa. Lindas flores rosas. E dois pom-pons amarelos em cada lado. O estilo dela é mais puxado para o vintage.

O que mais gosto dela é por ela ser ela mesma! Ela brinca quando dança e torna a dança muito gostosa de assistir! Ela faz caretas e a escolha da edição de músicas dá margem para o jeito brincalhona dela ser. E dança muito!  Adorei o movimento de deslocamento como se estivesse "deslizando sob  rodinhas".


Carine Würch:Lindo figurino; gostei da música. Me identifiquei com ela, com o estilo de dança, me vi representada. Achei ela divertida, carismática. Se eu tivesse que dançar, provalemnete faria algo neste estilo, e talvez por isto gostei tanto dela, independente da técnica.
 

Ego Umbra 



Aerith:Quando começa a dança eu pensei: "Como assim?! Traidoras do Movimento!" rsrs Brincadeiras a parte =P Duas bailarinas são parte do grupo da Ariellah, o Deshret DanceRaven Ember ( diretora do Ego Umbra) e Lisa Hyde.


O figurino eu achei perfeito!! O caimento do capuz ficou  perfeito para o personagem mórbido que estavam interpretando. A cor, o tecido e o cinto ficaram bons para a apresentação. Resumidamente podemos dizer que é uma dança que mistura elementos da dança contemporânea, muita teatralidade e dark fusion.
No início vemos as três bailarinas andando em fila perto de um corpo de alguém morto estendido no chão. Ao chegar próximo deste, elas tiram o pano e levantam o corpo, transformado a pessoa que morrera em mais uma de suas parceiras. Eu gosto dos movimentos de zumbis que elas usam. Gosto de um movimento final que me lembra uma árvore com seus galhos secos e contorcidos. A apresentação me lembra aqueles desenhos infantis antigos da Universal e da própria Disney, entre as décadas de 30-50, que vez ou outra tinham coisas macabras relacionado a morte. Isso me veio a mente na parte final também...quando a menina que tinha morrido tem aquele momento introspectivo e subjetivo. E depois ela volta ao transe de ser mais uma de tantas, retornando ao seu lugar no grupo.


Carine Würch: “Se você permitir, você pode fazer com que a Morte faça você Viver.” Uma coreografia que fala sobre a morte, expressiva, bonita, o figurino lindo demais.  Bem performática. Eu gosto do modo como os grupos interagem deixando que cada integrante tenha sua “função” na coreografia, sem que todos façam sempre o mesmo movimento. Para este tipo de apresentação ficou ótima.

Jenna Shear & Slivovica Sizzlers




Aerith:Lindo grupo! Todas de calças tipo gênio, xale na cintura com cinto com medalhões estilo indígena norte-americano. E algumas com coletinho!! Uma apresentação balkan muito gostosa de assistir =D Eu só achei que teve muito mais calça dourada...as outras meninas com calças diferentes destoaram um pouquinho. Minha parte favorita foi no final, quando a música é animada. Elas fazem sequências coreográficas bem interessantes!

Carine Würch: Bom, eu adoro tudo que é folk, a proposta eu já adorei, só no anúncio. Fiquei curiosa para saber o que viria, e não me decepcionei. Um grupo divertido. Eu queria estar no palco com elas. Lindos figurinos, eu amo o grupo, com a identidade individual de cada uma.

Heater Powers




Aerith: O mais lindo do figurino dela é a saia com a cauda. O sutiã estilo coletinho é um mimo também. Ela dança direitinho. Só não curti a apresentação, pois me lembrou aquelas danças de barzinho onde todo mundo está conversando e tem alguém dançando no palco com a música ao fundo. Não senti sintonia entre bailarina, música e público.

Carine Würch: Achei uma apresentação limpa, bonita e gostosa de assistir. Adorei a música, e o figurino estava maravilhoso. Amei aquela saia com cauda!

Jenny Riveiro



Aerith: Na descrição do vídeo diz que  é  uma interpretação Asteca. O cocar em sua cabeça é interessante, mas vemos que ele não está bem preso ao longo da coreografia...faltou aí ensaio com o figurino para saber como lidar com esse tipo de empecilho. 

Gostei da saia e da escolha da cor, mas acho que o top azul ficou "farofa" demais. Poderia ter colocado uma cor mais de "terra" que não destoasse tanto, na minha opinião.

Sobre a dança, faltou ensaio. Ela domina a técnica, teve idéias bem interessantes para a coreografia, mas não a senti conectada, envolvida com a música.

Carine Würch: Adorei esta apresentação pela música: o gostoso som a percussão e por saber que foi coreografia com inspiração Asteca. O que me lembrou o nosso tribal Brasil. Muito linda!

Jewelry Movement




Aerith:Eu gosto muito das coreografias asiáticas. Os figurinos sempre são bonitos. Mas essa coreografia não me cativou.Achei o solo do início muito chato. A parte em grupo se tornou interessante pela agilidade e sincronismo. Meu movimento favorito foi do grupo sair de trás da "líder" formando uma fila de forma rápida e harmoniosa, lembrando o "abrir de um leque". Não sei se foi a idéia, mas me remeteu, principalmente pelo uso do instrumento em cena. É legal a forma como adicionaram passos de ATS na dança de forma bem dinâmica, prendendo bastante a atenção. E mais legal a forma estilo super heroínas de anime que terminaram a apresentação hehehe curti isso.


Carine Würch: Direto da Coréia, estas asiáticas dão show! Linda coreografia, adorei a roupa delas, que foi baseada na dança tradicional da Coréia do Sul, o Hanryangmu.

Karolina Lux




Aerith:Parece ter saído de uma história de criança. O figurino é super colorido, lembrando algo como assistimos em O Gato (The Cat in the Hat) ou A Fantástica Fábrica de Chocolate ( a versão de Tim Burton). Adorei a sombrinha dela :3 Ela dança super bem! Movimentos limpos,suaves com muito impacto e atitude! Muita influência do ballet. Super expressiva e interativa com o público. Adoro a parte de dança vintage! Quem curte steampunk vai se identificar com a proposta da bailarina.Adorei!!! Não conhecia seu trabalho e virei fã!!!!

Carine Würch: Não me prendeu logo no começo, mas conforme fui assistindo, dá pra ver toda sua habilidade na dança, veia performática e como ela gosta do palco. Não foi um dos vídeos que mais me cativou, mas ela danço muito bem!

 Kraken Hunters





Aerith: Se você quer ver dança e algo técnico, desista de assistir essa apresentação xD O intuito é apenas entreter. Eu nunca consigo assistir a apresentação deles.

Carine Würch:O que eu mais gosto do Tribal Fest, que além de trazer gente de ponta para o cenário do tribal, o festival permite esta diversidade maluca, divertida, as vezes até sem limites, rs.

Quero eu poder ter este desprendimento quando tiver a idade deles! 

Laura Blake & Sasha





Aerith:Eu gosto muito do Sasha. Ele já se apresentou no TF em 2012 e pensei que retornaria vê-lo no ano seguinte, o que acabou não acontecendo. Mas parece que este ano ele decidiu trazer uma companheira para o palco. O figurino é lindo. Muito assuit e joalheria.

Eu gostei da coreografia, mas não gostei da dança. Não da parte dele, mas da parte dela...acho que ele é muito molinho e muito técnico e a diferença acaba dando mais ênfase a ele na coreografia. Eu gosto das caretas e do jeitão dele para parecer engraçado. Acho que funcionou bem! Gostei da fusão com alguns elementos folclóricos, como said...acho que essa é uma tendência que vem se reforçando a a cada ano no tribal: o folclore árabe. Adorei o shimmie vai "mexendo o popozão" do Sasha rsrsrs. Cara, ele é sinistro!

Carine Würch: Gostei da música!!! Do figurino!!! (quero uma assim!) Uma performance forte, marcada, não deixou a desejar. Mas fiquei incomodada com as caretas que a Laura fazia... rsrsrsrs sorrindo ela tava linda!

Michelle Sorensen
 



Aerith: Lindo cabelo ruivo *---* O sutiã roxo combinou muito. Os movimentos são limpos e fluídos.

Carine Würch:Olha, o que ela tá fazendo com a barriga, eu quero fazer também! Tá louco! Rsrsrsrs Aquele cabelo vermelhão ficou lindo com ela bem branquinha... uma fusão meio indiana, que ficou bem gostosa de assistir.

 Nahaash Raks



Aerith:Os figurinos são até bonitos, mas uma bailarina de cada cor virou power ranger. Não gostei =/ A dança não me cativou também.


Carine Würch:Achei muito lindo o que elas fizeram, a formação, os tipos de figurino. Ficou tudo muito plástico no palco. Elas fizeram uma “dança ritual” – Despertando os Elementos, que para mim ficou bem caracterizada.

Paige Lawrence





Aerith:Esse já é figurinha do TF há um bom tempo.Mas não foi uma das apresentações que mais gostei dele. É legal ver como homem não precisa de tantos elementos para se arrumar! Nem na dança rsrs. Se você colocar uma calça ou uma saia, pronto! Já pode ir dançar rsrs Mulher tem que sempre se arrumar igual árvore de Natal e nem sempre é necessário também, não é mesmo? XD

Ele é uma figura bem masculina com sua dança. Seus movimentos são forte e bruscos. Achei esse ano ele bem mais técnico e mais solto, entregue ao palco, porém a dança não me agradou...achei meio aleatória. E ele veio também reafirmando a nova tendência da cena norte-americana e, consequentemente, do mundo: raízes no folclore do Oriente Médio!

Carine Würch: Preciso. Gosto de ver quando os homens trazem esta força para a dança. Teve toda a sinuosidade dos movimentos, mas teve o rigor que gosto de ver quando os homens dançam no tribal. Gostei muito mesmo!

 Reno World Dance




Aerith: A primeira impressão: "Figurinos esquisitos..." A bailarina do meio segura uma espécie de chicote feito de fitas. A dança tem bastante suingue. A dança é bem dinâmica e as bailarinas estão bem animadas, o que acaba conquistando o público com seu carisma. Apesar dos pontos positivos, não é uma apresentação que me agrade. Quando terminou a apresentação fiquei pensando: " Cadê o tribal?"

Carine Würch:Com um reggaton e uma senhora no placo, eu precisava comentar! Amei as formações, a energia do grupo, e a inclusão de diferentes biotipos e idades numa coreografia numa coreografia bem divertida.

Rockabelly & The Playthings





Aerith: Eu gostei do cabelo azul meio em degradê e a franjinha arredondada da primeira bailarina que aparece :3 O figurino é bem interessante: top rosa, saia jaipur roxa,cinto com espelhinhos indianos,snujs,lenço indiano preso na cabeça e na cintura e... botas!! O legal é que elas estão com um penteado estilo Sailor Moon ( cabeça de coques) *__* A dança é mais ATS.

Na segunda parte a dupla sai de cena, entrando um trio estilo pin-up com um véu vermelho cobrindo o figurino. O interessante é que, a medida que dançam, descobrimos que a parte da frente da saia (em vermelho), na verdade é uma para do véu preso.Bacana a idéia. A dupla anterior se junta ao grupo com o "uniforme" atual. Todas dançam com véu.


No final da segunda parte surgem mais duas bailarinas carregando pandeiros. A dança é charmosa. Eu achei o uso dos pandeiros desnecessário. Na minha opinião, só poluiu a apresentação.

Carine Würch:Quanta diversidade! Adorei! A segunda parte, com o grupo maior, bem rockabelly, com pandeiros, e os figurinos ficou muito divertido e diferente, mostrando que podemos inovar sempre.

Silvia Salamanca


 

Aerith: Ela gira muito rápido com a espada e faz deslocamentos no chão com muita agilidade. Ela usou bem o shimmie de barriga na hora em que foi arrumar a espada, pois não deixou espaço aberto na sua dança. Ela fez abertura total das pernas. Quando coloca a segunda espada no pé e sai girando realmente observamos sua grande habilidade acrobática. Isso não deixa de ser algo que os norte-americanos apreciam, pois a origem do Tribal Fusion começou com o Bal Anat e, portanto, um espetáculo com dança, magia, acrobacias ao longo do mesmo. O Tribal Fest é um grande festival experimental da arte tribal, mas também outras manifestações artísticas.

Contudo, ano que vem ela possivelmente vai repetir o número que deu certo e a fez conhecida por isso. Então ela terá que superar o que fez este ano.

Carine Würch: Linda! Impressionante e muito habilidosa! Por favor, duas espadas, giros no chão, e poses de equilíbrio: tudo para eu adorar! E ainda mais a música: Shanti Shanti Om.

April Rose & Steven Eggers




Aerith: Bom, vamos falar do figurino,não é mesmo? Luxo. Os dois figurinos são lindos. E remetem à cultura indiana.

Eu gostei da coreografia, mas não gostei da dança. Faltou sintonia deles como dupla. Eu só via a April dançar mesmo. Não via troca de olhares e "mudança de liderança" só teve no finalzinho.  Ela podia ter dançado solo essa coreografia que seria muito melhor(que a solo dela). Achei que ele ficou só como acessório/enfeite, por isso não curti muito.

Carine Würch:April estava tão linda, uma diva... aquele coque fez ela ficar mais linda ainda. Sinceramente, eu queria ficar mais olhando para ela do que para o Steven, que fez tudo direitinho, mas a April me cativou o olhar. Ela estava muito dona do palco. Brilhou mais.

The Tribal Kind





Aerith: As sombrinhas em preto e branco causam um efeito meio hipnótico.Muito legal isso!! O figurino é uma espécie de vestido preto e uma calça com babadinhos, rendas e lacinhos por de baixo , além de um bolero  em cima. Esta primeira parte é mais lenta.

A segunda parte é mais animada com bastantes passos e formações de ATS . Esse também é um bom exemplo de tribal fusion ;)

Carine Würch:Gostei da proposta, do figurino com ares antigos, da formação de trio. Ficou tudo muito legal! 

Tribalation!




Aerith: Figurinos estilo ATS e a proposta também. O trio traz cestas... Acho que ficaria mais "étnico" se não tivesse a alça no cesto...mas é só uma observação.

Na segunda parte  a música é mais animada e elas deixam o cesto de lado e dançam com snujs. Não foi uma apresentação que me prendesse atenção.


Carine Würch: Improviso, com uma cesta e snujs! Tchê, não preciso dizer mais nada!

Tribal Moon
 



Aerith: Saias muito bonitas! Uma boa apresentação de ATS, dividida em três partes.Achei legal no final a bailarina de roxo se encaixando no grupo de forma sutil. Talvez uma bailarina iniciante ficasse confusa no moemento em que o grupo estava formando a roda.

Carine Würch: TUDO IMPROVISO! TUDO LINDO! SEM ENSAIO, SEM NADA! <3

Unmata
 




Aerith:Unmata é tribal, é moderno, é teatral e é expressão em forma de movimento.Adorei! A primeira parte podemos dizer que foi uma enrolação para nossas cavaleiras encapuzadas chegarem. Depois elas tiram o capuz e começam a fazer sequências muito loucas. Unmata dança o estilo alternativo dos EUA. Parece um grupo de super-heroínas. A parte mais emocionante foi a homenagem a Amy Sigil com seu netinho. As meninas sendo cadeira para ela e o mundo lá fora acontecendo, passando, mas dentro, lá está ela no seu mundinho, no seu momento de ser vó, que é único, não importa o que aconteça do lado de lá, do lado de fora. 

Depois todas suas discípulas e grupos espalhados pelo mundo se juntam ao palco, dançando freneticamente um pedacinho de ITS estilo Unmata. No final todos se juntam com o braço erguido, e isso me lembra mais super heróis que salvaram o dia rsrs

Carine Würch: Um grupo de mais ou menos 30 pessoas, e a grande Amy Sigil homenageando sua neta! Uma baita performance!  Com umas formações incríveis de grupo no palco. Olhando com a Amy se entrega quando dança, é lindo de assistir! A energia do grupo é ótima! A parte que eles dançam com aquelas placas foi demais! E o final também foi muito show!!! Imagino a emoção de ver isto ao vivo!!!


Wildcard Bellydance
 





Aerith: Meu grupo favorito de ATS/ITS!! Adoro o astral delas e, claro, sua dança! Adorei a torção de quadril meio agachadas no início. Muito criativo! Adorei as saias com duas cores. Minha favorita foi a prata com vermelha *---* Acho que a marca registrada do grupo é se apresentar com aqueles espadões lindos. 

Carine Würch: Lindas! A maioria foram alunas da Kajira!!! Encheram o palco e os olhos!


O quê acharam das apresentações de Sábado? Deixe seu comentário ;)

[Índia em Dia] O limiar entre a fusão e o plágio

por Raphael Lopes

Olá queridos leitores!

Hoje venho abordar um assunto um pouco mais polêmico, mas de extrema importância para a construção de nosso próprio repertório de possibilidades experimentativas em cena. É a questão de influência X inspiração.

Temos hoje em dia a internet como ferramenta para pesquisa, o que nos põe em contato com diversas mídias e os mais variados estilos de dança. E ai surge a linha tênue que separa a fusão do plágio.

A proposta de fusionar é uma leitura contemporânea onde a bailarina pode trazer para sua linguagem e expressividade cênica um movimento étnico ou de um estilo diferente. A proposta é claramente adaptar a DANÇA INSPIRADORA ao seu corpo de acordo com a movimentação tribal.

Independente do quanto as pessoas discutam a preponderância do ATS®  dentro da liberdade em fusionar, é sabido que grande parte das bailarinas usem o repertório de movimentos e combos do ATS®  para "temperar" sua dança e agregar, não apenas estética, mas uma coerência estilística. E claro, isso não é uma regra. Regras são mais específicas em danças clássicas, e no próprio ATS® , mas não no fusion.

Porém uma dança sem regra exige o dobro do bailarino: é ele quem deve definir o que pode ou não pode usar em cena, é ele quem vai definir a identidade de seu número. E ai surgem workshops em estilos diversos, algumas aulas aqui ou ali, e - de repente - surgem fusões com novas danças.

Eu como representante de uma dança clássica, sempre que dou minhas aulas e workshops gosto de frisar o que não pode em hipótese alguma ser fusionado, que são os elementos de caráter estritamente templário e que configuram uma característica ÚNICA das danças clássicas da Índia. Logo sou um profundo crítico das fusões com dança indiana, não como um regulador das possibilidades, mas como um analista do quanto a fusão foi feita com criatividade e respeito.

No Tribal Fest 2013 tivemos um número da britânica Jaydee Amrita fusionando bellydance com Odissi, com uma maquiagem de corpo azul numa clara referência à imagem de Kali.
A bailarina demonstra de início uma técnica forte, um bom domínio das ondulações de corpo e braços, e uma explosão em cena invejável. Poucas são as bailarinas com essa presença. Mas me parece que a personagem é um pano de fundo para sua costura com a fusão indiana: a música vira para uma Tala Beat Box e a bailarina executa uma rotina de exercícios de Odissi, com pequenas variações coreográficas - tudo feito com um trabalho impecável de tronco (o que a identifica como uma aluna com no mínimo um ou dois anos de estudo), mas sem as flexões de joelhos. Talvez tenha sido proposital, mas não creio que unicamente sair da "seating position" seja adequar o Odissi ao Tribal. Talvez a bailarina não se sinta a vontade em executar os movimentos vigorosos das pernas com uma demasiada flexão de joelhos - o que é muito comum mesmo em bailarinos puros de Odissi, mas sem uma maior dedicação à construção da técnica no corpo.


Os exercícios e combos usados também não somaram a personagem adotada, nenhuma referência à Kali foi usada em cena - apenas a roupa. Aliás, por falar em figurino, ela usou um par de guizos típicos de Bharata Natyam (numa fusão com Odissi?!), que é um dos elementos entregues à bailarinas mais avançadas e dedicadas ao clássico. Claro que qualquer bailarina possa usar uma tornozeleira, mas por favor, deixem os guizos específicos das danças indianas para as danças indianas!

Independente das escorregadas que ela deu na construção do número, foi um número impactante, e até mesmo ousado já que é difícil encontrarmos bailarinas que arrisquem fusionar com as danças clássicas indianas. E arriscar incorre no risco de erro, e acredito que é preciso tentar, mas acima de tudo ter alguma boa assessoria e consultoria para não cometer nenhuma gafe em cena.  Isso corrobora apenas o quanto as pessoas desconhecem dança indiana, e do quanto a dança indiana não é um elemento tão presente no Tribal.

Esse ano Jaydee retornou ao palco do Tribal Fest, dessa vez com um headpiece inspirado em Cleópatra ou Aset. Eu particularmente senti falta de uma saia plisada (tão característico do Egito), e de um figurino que se harmonizasse com o esplendor do adorno de cabeça... enfim.


A música começou com uma sucessão de deuses egípcios serem honrados (me parecia uma gravação feita a partir de uma música do filme "Principe do Egito") e de repente a bailarina entrou novamente numa fusão indiana ao som de uma Tala. Ai aconteceu algo que eu reprovo com avidez: Plágio. A partir dos 4:04 ela reproduz uma sequência completa de uma dança de repertório da dança Odissi. Não era uma fusão. Não era uma releitura. Nem uma inspiração. Era o Bhumi Pranam do Mangalacharam, seguido por uma porção de movimentos de Bharata Natyam e pequenos combos de Odissi entrecortados com ondulações.... até o final. E onde ficou Cleópatra? E aquela porção de nomes egípcios no começo? Me pergunto até agora....


É muito importante que as bailarinas tenham responsabilidade com suas criações, que saibam ser coerentes e ricamente criativas em cena. Que possam subir nos palcos com a consciência que sempre haverá alguém na platéia que irá destrinchar sua dança, e reconhecer os pontos que você plagiou, ou costurou de forma parca. Dançar é uma experiência lúdica, livre, e todos podem fazer o que bem entenderem. Mas dançar profissionalmente requer uma maturidade e um compromisso com o estudo e a performance.


A partir dos 3:30 você encontra a segunda sequência do Mangalacharan copiada pela bailarina em questão

Jaydee Amrita é uma bailarina de técnica atraente, com figurinos essencialmente bonitos, com quase nenhuma presença de ATS®  em seus combos, mas com uma fusão duvidosa com a dança indiana. Sei que algumas pessoas podem me julgar demasiadamente crítico, mas é preciso salientar que a Fusão é um campo de múltiplas opções - mas que essas opções não caiam no lugar comum da cópia, do plágio, ou da sobreposição de passos prontos, sobre uma música e contexto adverso.

Vou elaborar novas análises, de outras bailarinas que embarcaram nas fusões com as danças clássicas, e espero ajudar a comunidade tribal à entrar em contato com o encanto da dança clássica de forma respeitosa, consciente, e reverente.

Um abraço,

Raphael Lopes.


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