Notícia Tribal: Audição para Cia Shaman RN
[Resenhando-RJ] Encontros de Folk & Metal RJ 2013
por Aerith
No meu primeiro post gostaria de abordar um pouco sobre os encontros do grupo Folk & Metal RJ, que surgiu no facebook.
O grupo surgiu em Janeiro de 2013 e, a cada mês, novos membros foram surgindo. Houve um momento em que tudo começou: Ivan Carvalho levantou a idéia de realizarmos encontros dos membros do grupo. Isto me pareceu interessante e tudo foi se desenvolvendo naturalmente.
Este projeto nasceu com o intuito de agregar e fortalecer a cena Folk e Folk Metal brasileira. Todo tipo de material, direta ou indiretamente relacionado com o folclore do nosso e de outros países, que venha a acrescentar ao grupo, é bem-vindo. Os principais temas envolvem a esfera do celta, medieval, viking e paganismo, seja na música, cultura, religião, e também divulgação de eventos e bandas.
Nossos encontros tem um padrão e peculiaridade: eles são sempre feitos ao ar livre, em diferente locais do estado do Rio de Janeiro, e não somente na cidade do Rio. Levantamos as idéias de locais no grupo e votamos, ou seja, a mais votada será o próximo local de encontro.Assim como a data dos encontros, que são sempre em um domingo, a cada três meses, havendo um período de descanso entre dezembro até março, cujas épocas de chuvas prejudicam a ambientação ao ar livre. Sempre fazemos pique-niques, onde cada membro traz comida e bebida. Além disso, cada um vem no intuito de se conhecer, trocar histórias, experiências e mostrar sua arte, seja dançando, cantando, tocando um instrumento musical, recitando poesias, pintando, fotografando,etc.
Alguns pontos marcantes dos encontros são com certeza a música. Desde a primeira edição contamos com nossa ”tradicional” Roda de Confraternização de Músicos, em que cada músico do grupo toca junto improvisando ou combinando o set list, antecipadamente, no grupo. As músicas mais tocadas são tunes irlandesas, de membros que geralmente participam das Irish Sessions Rio; Blackmore’s Night, Omnia, Eluveitie,etc.
Então, que tal relembrarmos um pouquinho de cada encontro, não é mesmo?
O primeiro encontro foi na Quinta da Boa Vista, na cidade do Rio de Janeiro, dia 07 de abril de 2013. Já nesta primeira confraternização fiquei impressionada por terem vindo cerca de 30 pessoas do nosso estado! =D Neste encontro tivemos o apoio do Fã Clube Eluveitie Brasil, com o sorteio de um cd da banda Eluveitie, do álbum Helvetios, cuja sorteada fora Beatriz Reichert.
1º Encontro- Quinta da Boa Vista -RJ |
Nosso primeiro encontro trouxe a essência folk à flor da pele, com músicos fantásticos que tocavam flautas, violões, gaita de fole, cajón, pandeiro e até um hurdy gurdy! Ao final da tarde, estávamos todos com aquele gostinho de “quero mais”, o qual alimentou nossas expectativas paras os encontros que estavam por vir. Alguns membros, incluindo a minha pessoa, fomos apreciar, à convite de Kevin Shortall e Pedro Rezende, a Session, que é realizada todo primeiro domingo de cada mês. Indico como um bom programa cultural no Rio!
E vamos unir a cena folk carioca! ;)
Vídeos:
Bônus:
Para quem foi na Irish Session Rio no mesmo dia vai aí um vídeo, também gravado pela Liz Barros, para relembrarmos! =D
O segundo encontro foi realizado em Nova Friburgo, cidade da Região Serrana do estado do Rio de Janeiro. A cidade e local foram sugeridos por Helem Biar e Edson B. da Silva, sendo realizado o segundo encontro no Parque Municipal Juarez Frotté, no dia 14 de julho. A partir deste, o “formato” dos nossos encontros folks foram se delineando, espontaneamente, pelos anseios de cada membro. Daí surgiu a idéia de sempre fazermos um encontro folk na época próxima das férias (escolares/acadêmicas) de meio de ano no interior do estado, aproveitando o melhor do clima da região: o frio.
Esse foi o menor dos encontros de 2013, mas o mais aconchegante e poético, ao meu ver. Aproveitamos um cenários a favor da cena folk: friozinho, montanhas, árvores, cachoeiras, música, dança, recitação de poesias e pique-nique. A única crítica que tenho a fazer e, portanto, melhorarmos no próximo encontro da Serra é que os próprios residentes da Região Serrana também participem! A maioria que veio para o encontro era da cidade do Rio de Janeiro;apenas alguns eram de Friburgo =/ Espero que no próximo encontro de Friburgo venham mais pessoas da cidade =D
2º Encontro- Parque Municipal Juarez Frotté | Fotos de Shade Vanicore e Jaqueline Alves |
Vídeos:
Nosso último encontro do ano de 2013 foi no Parque Lage, no Rio de Janeiro, no dia 10 de novembro. Este foi o maior encontro e, portanto, o mais movimentado.
3º Encontro - Parque Lage -RJ | Fotos de Clarissa Ferreira, Sheila da Silva e Jaqueline Alves |
Fechamos o encontro com o Amigo Oculto do grupo. Esta também será uma atividade no último encontro do ano para os membros que queiram participar =) Uma boa forma de finalizarmos os encontros de 2013 com chave de ouro.
Amigo Oculto 2013 | Fotos de Jackie Alves |
Obrigado a todos que compareceram aos nossos Encontros de 2013! Sem vocês nada disso se tornaria realidade!
Acompanhe nossos encontros:
- Grupo
www.facebook.com/groups/folkemetalrj/
- Página:
Entrevista #21: Isabel De Lorenzo
BLOG: Quais foram as professoras que mais marcaram no seu aprendizado e por quê?
Tango o della casta voluttà (2005)
Photo Pasquale Modica
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BLOG: Além da dança tribal você já fez ou faz mais algum tipo de dança? Há quanto tempo?
Eu sempre tive curiosidade de conhecer outras danças, e quando posso faço alguma aula ou workshop de flamenco, de butoh, de dança contemporânea ou de balé, de tribal fusion e de danças ciganas. É mais para nutrir a alma, para inspirar no corpo novas posturas. Eu também pratico constantemente pilates e ando de bicicleta.
BLOG: Quais foram suas primeiras inspirações? Quais suas atuais inspirações?
Minha inspiração é sempre a Arte: música, poesia, artes visuais, teatro. É dali que vem todas as minhas idéias, inspirações e projetos.
BLOG: O quê a dança acrescentou em sua vida?
Festival BellyFusions (2011)
Photo Severine Jambot
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BLOG: O quê você mais aprecia nesta arte?
Eu amo muito a imediatez da dança, no sentido que não necessita nenhum instrumento além do corpo. A música, claro, é a parceira número um da dança. Mas nem a música é fundamental, no fundo. Só o corpo mesmo.
BLOG: O quê prejudica a dança do ventre e como melhorar essa situação?Você acha que o tribal está livre disso?
A dança oriental nasceu com um aspecto popular, autêntico e espontâneo, porém possui também outro mais refinado, cortesão e culto. Este segundo aspecto quase se perdeu, e todas as variantes da dança do ventre que hoje são praticadas (inclusive o tribal) provém do baladi, do folclore, do cabaret, da festa. Eu quero dizer que a dança espontânea é legal, mas nem sempre é artística. Fazendo uma analogia, seria o mesmo que a arte em relação ao artesanato. É enfim no teatro – na minha opinião - que a dança pode atingir o máximo da sua expressão, pois no teatro, juntamente com a pura expressividade corporal, entram em jogo outros conceitos como composição, iluminação, direção etc. Eu acredito que a melhor ambição para a dança, seja oriental ou tribal, é o palco.
Tribal Tour Isabel De Lorenzo Geneva Bybee, Salvador (2010) |
Ser uma dançarina profissional não é a coisa mais fácil deste mundo, mas é uma grande riqueza, pois a visão de mundo que a dançarina adquire, mesmo enfrentando pequenas frustrações ou preconceitos, é ampla e doce,tornando-se incomparável. Eu não sofri grandes preconceitos ou frustrações, muito menos indignações, e sempre enfrentei os obstáculos com coragem. Claro que não foi assim fácil, pois para sentir-me livre na dança como profissão eu tive simplesmente que mudar de país. Esta foi ao mesmo tempo minha maior dificuldade e minha maior conquista.
BLOG:Você foi uma das primeiras bailarinas brasileiras a se envolver com o ATS®, por quê você começou a querer ou ver necessidade em se aprofundar no ATS®? Como eram as informações sobre o estilo na época em que você começou a pesquisar?
Carovana Tribale (2010)
Photo Raniero Gelli
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A palavra “caravana”, como se sabe, vem da língua persa e significa um grupo que viaja no deserto. Quando denominamos “Carovana Tribale” (que em italiano significa obviamente “caravana tribal”),com a primeira formação da nossa troupe (éramos três), tivemos a idéia de simplesmente unir inspirações em torno do conceito de viagem: onde houvesse “tribal”, lá estaríamos em comboio. E assim foi. A troupe se modificou, incluiu alunas por um certo tempo e depois voltou a ser mais profissional. Hoje em dia somos eu e Silvia Grassi, minha aluna de muitos anos e atualmente soberba dançarina, que conduzimos “la Carovana”, por vezes convidando hóspedes, colegas, alunas, ou dançando com a nossa companheira desde muitos anos, Lucilla Giorgetti.
BLOG: Você é produtora do evento Roma Tribal Meeting que se destaca na Itália e vem se destacando no cenário de eventos europeus. Conte-nos como surgiu a idéia do evento, sua proposta e objetivos, organização e elaboração deste,bem como a repercussão do mesmo para a comunidade tribal quanto para seu público na Itália e também abrangendo a Europa.
Tribal Tour Isabel De Lorenzo Geneva Bybee, Salvador (2010) |
Isabel De Lorenzo e Carolena Nericcio |
Tribes Brasil Fest, Rio de Janeiro (2010) |
Meu estilo reflete a variedade de influências que busco. Em um certo aspecto é avant la lettre, revolucionário. Ao mesmo tempo, é sóbrio e delicado - creio eu. Minha melhor expressão é no teatro. Contando uma história, mesmo que abstrata, através da dança. O teatro-dança é meu grande amor e os melhores momentos do meu percurso artístico se deram nessa forma. Posso citar dois trabalhos que fiz como atriz-dançarina sob a direção de grandes mestres, o primeiro com a companhia de Oretta Bizzarri (“Tango o della casta voluttà”, 2005) e o segundo com a companhia de Fabio Ciccalè (“Free Lux Dei”, 2009), além dos dois espetáculo que dirigi, “Al-muallaqat/Le sospese” (2008) e “Frida Suite” (2012).
BLOG: Quais seus projetos para 2014? E mais futuramente?
No ano que vem eu estarei viajando bastante com meus workshops pela Itália. Também viajarei com um novo e entusiasmante projeto que se chama ATS® Sisters Collective, composto por cinco FCBD® Sister Studios de diversos países: eu e Silvia Grassi- Italia, Ilhaam-Espanha, Gudrun Herold- Alemanha, e Philippa Moirai- Grã-Bretanha.
ATS Sisters Collective (2013)
Photo Federico Ugolini
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Em maio haverá a quarta edição do Roma Tribal Meeting. Quero também retomar meu último espetáculo teatral, “Frida Suite”. Gostaria de mostrá-lo um pouco mais, inclusive no Brasil. E, no dia-a-dia, tenho minhas alunas e minha escola para cuidar. Mais futuramente... eu não sei. Gostaria de poder passar mais tempo no Brasil, isso sim.
BLOG: Improvisar ou coreografar?E por quê?
Na improvisação está a genialidade do ATS®. Eu adoro improvisar, adoro ver colegas e alunas improvisando, porque o caráter efêmero da improvisação torna cada performance única. Se dança pelo prazer de dançar. Mas quando se trata de teatro-dança a improvisação não pode existir, a meu ver. Cada mínimo gesto teatral é estudado, cada movimento é coreografado. Para que se possa atingir uma expressividade mais complexa, a dançarina não pode estar à mercê das surpresas da improvisação.
BLOG: Você trabalha somente com dança?
Sim.
BLOG: Deixe um recado para os leitores do blog?