Nossa entrevistada do mês de Fevereiro e Março é a bailarina internacional Ariellah (EUA), reconhecida mundialmente pricipalmente pelo estilo dark fusion. Ariellah conta-nos sobre sua carreira e trajetória na dança, suas primeiras influências , sobre seus projetos anteriores e muito mais! Vamos conferir?
BLOG: Conte-nos sobre sua trajetória na dança do ventre/tribal;como tudo começou para você? | Tell us about your dance path. How did it begin? Your first contact, why did you begin dancing. Who was your first dance teacher and where was you class. How long is your career as a dance or how long have you been dancing?
Me apaixonei por danças do Oriente Médio quando ainda era bem criança, pois cresci em uma família marroquina, ouvindo meu pai cantando e batendo palmas para mim. Nas reuniões de família sempre havia música e dança e, conforme fui me tornando adulta, queria aprender a dançar assim como meus parentes faziam em casamentos e festas... o modo como eles se movimentavam... Eu amava aquilo! Acredito que foi graças a esse ambiente que desenvolvi minha paixão pela música e dança.
Meu primeiro treinamento em dança começou quando eu tinha 3 anos, na Academia Real de Dança de Londres, onde tinha aulas de ballet clássico. Meus pais notaram que eu tinha os arcos do pé muito curvados e queriam que eu fosse às aulas de ballet para consertá-los. Eu treinei e estudei ballet clássico por 12 anos com a mesma professora, Marjorie Allison, bailarina britânica da Academia Real.
Pelos próximos 12 anos, prestei, anualmente, exames para Academia Real, recebendo notas muito altas. No meio da adolescência, perguntei aos meus pais se eu poderia parar o ballet por um tempo, pois sentia que estava perdendo muito das atividades de uma adolescente “normal”, pois tinha aula de ballet 6 dias por semana e, no verão, ficava na Escola de Verão CINCO dias por semana... Parecia nunca ter fim e era extremamente exaustivo, me tirando a vida social. Eles concordaram e parei meu treinamento por 5 anos. Retomei as aulas de ballet no início de meus 20 anos na Real Academia por mais alguns poucos anos. Então, parei novamente quando me mudei para a África.
Quando retornei, eu queira aprender a dança de meus ancestrais, pois era algo que há muitos anos eu tinha vontade de fazer. Achei uma aula de dança do ventre à 10 minutos de caminhada de minha casa em São Francisco. Escolhi esta apenas por achar interessante e ser perto de casa. Era uma aula de dançado ventre folclórica, uma vez por semana. A professora era Janine Ryle, do Danse Mahgreb , e estudante de John Compton. Focávamos mais nos movimentos dos bérberes da Algéria. Desde a primeira aula que tive com ela, me APAIXONEI, apesar de meu corpo não corresponder aos movimentos ainda, porém minha alma, coração e mente sim. Amor à primeira vista!
Após um ano, pedi MAIS à minha professora. Queria ter mais aulas do que apenas uma vez por semana. Ela me recomendou uma outra professora, a um quarteirão dali, seu nome era Rachel Brice. Isso foi em 2001. Dava para ir andando da minha casa até a aula da Rachel e ela acrescentava yoga, pois ela dava aula em um estúdio de yoga. Achei que seria uma ótima ideia! Em minha primeira aula com Rachel, lembro de ir para casa pensando em quão incrível meu corpo e mente se sentiam! Era como um ritual e algo que eu vivia todas as semanas. Estudar com a Rachel todos os sábados. Eu NUNCA faltei a uma aula...NUNCA.
Daí Rachel me pediu para ter aulas particulares com ela e possivelmente criar um grupo de dança juntas. Assim, comecei a ter mais aulas com Rachel e trabalhar com ela no estúdio de sua casa e em suas coreografias! Treinei e dancei com ela até 2004. No começo, eram 3 vezes por semana na sala de aula e 2 vezes em imersão, praticando e ensaiando com a nossa companhia de dança (The Indigo) e, ainda, praticando diariamente por conta própria. Eu tinha apenas os domingos à tarde livres. Eu nunca estava em casa, sempre praticando e em aulas. Tive até mesmo que dar meu gato para minha avó, pois ele estava muito solitário naqueles anos! HA!
O resto da história: estudei com Mardi Love por seis meses seguidos. Também estudei com Fat Chance Belly Dance® de 2001 – 2003. Nos últimos anos tive algumas aulas particulares com Carolena Nericcio, a fim de compreender melhor e integralmente o ATS®. Estudei Flamenco por 8 semanas com Yaelisa em 2008. Tenho estudado na escola de Suhaila Salimpour, com Andrea Sendek, em dois níveis, 1 e 2, desde 2005. Também tenho aulas particulares de dança oriental com Nanna Candelaria e em aulas regulares (sem ser particular) com Shabnam. Também fui à Índia para treinar Dança Odissi com Carolleena Shakti em 2009. Tenho estudado com ela uma vez por ano desde então.
Atualmente estou começando a estudar Dança Persa com Miriam Peretz e a treinar na Escola da Suhaila uma vez por semana. Também faço aulas intermediárias de ballet para adultos, uma vez por semana. Desta forma, minha carreira como bailarina já tomou 26 anos de minha vida. A maior parte dedicada a ballet clássico, fusão moderna e danças folclóricas de dança do ventre e Odissi Clássico.
I fell in love with middle eastern dance as a very small child, growing up with my Moroccan family. Growing up, my father was always singing to me, clapping and at family gatherings there was always dancing and music and as I grew older, I wanted to learn how to dance, as my relatives did at weddings and parties…the way I saw them moving…I loved it. I also believe that in this environment of my childhood I developed a love of music and dance…
My first training in dance began at age 3, with the Royal Academy of Dance from London in classical ballet. My parents saw that I had rolled over arches and wanted me to go to ballet class to fix this and be able to turn out and lift my arches. I trained and studied in classical ballet for the next 12 years after that with the same dance instructor, Marjorie Allison who was from England and was a Royal Academy dancer.
Every year, for 12 years, I had exams with the Royal Academy examiners and received very high marks. In my mid teenager years I asked my parents if I could stop dancing for a while, as I felt like I was missing out on all the “normal” activities of a teenager because I was in ballet class SIX days a week and in the summer I was at summer school FIVE days a week…it was never ending and exhausting and took away from my social life. They agreed and I so I stopped my training for about 5 years. I took ballet classes again with the Royal Academy in my early twenties for a few years. Then stopped again when I moved to Africa.
Upon my return I wanted to learn the dance of my ancestors, as I had had a life long longing to do this, so I found a belly dance class just a short 10 minute walk from my home in SF. I chose it only because it was close to my house and sounded interesting. It was a folkloric belly dance class, once a week, with Janine Ryle of Danse Mahgreb. She was a student of John Compton. We focused mostly on the movement style of Algerian Berbers… From the first class I took with her I was IN LOVE, though my body did not get the movements yet, my soul and my heart and my mind did. Love at first sight.
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The Indigo - Janice Solimeno, Ariellah, Michelle Campbell, Rachel Brice
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After a year I asked my teacher for MORE…I wanted to train more than once a week…she recommended another teacher about 1 block away named Rachel Brice. This was in 2001. I could also walk to Rachel’s class from my house AND she incorporated yoga, as it was at a yoga studio where she taught so I thought it would be a great idea! In my first class with Rachel, I remember leaving the class and remarking about how incredible my body and mind felt! It became a ritual and something I lived for every week, on Saturdays, to study with Rachel. I NEVER missed a class…NEVER.
From there Rachel asked me to work with her privately and also possibly create a dance company together, so I began taking more classes with Rachel and working with her at her home studio and began working on her chorographies! I trained and danced with her until 2004. In the beginning it was 3 times a week in the classroom and 2 times a week drilling and practicing and rehearsing with our dance company(The Indigo) and then practicing daily on my own, so it was only Sunday afternoons really that I had free. I was never home, always practicing and in class and I even had to give my cat to my grandmother because he was so lonely in those years! HA!
The rest is history…I studied with Mardi Love for 6 consecutive months. I also studied with Fat Chance Belly Dance® from 2001-2003. In recent years I have had some private lessons/study with Carolena Nericcio in order to fully and better understand ATS®. I studied Flamenco for 8 weeks with Yaelisa in 2008. I have studied at Suhaila Salimpour’s school with Andrea Sendek in both level one and level two classes since 2005. I have also studied oriental dance privately with Nanna Candelaria and publicly with Shabnam. I also went to India to train in Odissi dance with Colleena Shakti in 2009 and have studied with her once a year ever since…
Currently I am beginning Persian dance studies with Miram Peretz and train at Suhaila’s School once a week, as well as take adult intermediate ballet classes once a week.
So my dance career, all in all, has covered about 26 years of my life. Mostly classical ballet, folkloric and modern fusion belly dance and classical Odissi.
BLOG: Quais foram as professoras que mais marcaram no seu aprendizado e por quê? | Which teachers had more influence during your learning and why?
Acredito que minha
professora de ballet, que me ensinou por 12 anos, tenha grande influência
na disciplina que a arte requer. Creio que ela tenha me ensinado como me portar
como uma verdadeira bailarina, além de ter me ensinado muito sobre disciplina e
dedicação. Também acho que Rachel Brice e Colleena Shakti me
passaram a compreensão do amor à arte e o respeito à nossa dança e a fazer o
melhor que podemos. Essas três professoras, creio eu, me deram o presente mais
precioso, que é a dádiva da docência excepcional e técnica apropriada da mais
alta qualidade.
I believe that my first classical ballet teacher for 12 years had the most influence on me as to the discipline of the art form. I believe she taught me how to carry myself as a true dancer and taught me so much about dedication and discipline. I also believe that both Rachel Brice and Colleena Shakti gave me the understanding of love of the art form and to respect our dance and do the best that you can. All three of these teachers, I believe, gave me the most precious gift, which is the gift of exceptional teaching and proper technique…of the highest quality.
BLOG: Quais foram suas primeiras inspirações? Quais suas atuais inspirações? | Which were your main inspirations and what are the current ones?
Minha inspiração SEMPRE foi, principalmente, a
música. É o que me motiva a dançar e excita minha alma e todo o meu ser. Sem
isso, não sou ninguém. Atualmente, a música ainda é minha musa, mas também
busco inspiração de outro artista, chamado Soriah.
Ele é um cantor de música tibetana de Portland, Oregan e sua música, sua
dedicação, disciplina e sua arte devem ser admiradas. São gênios que me
inspiram absolutamente. Seus concertos intimistas são verdadeiras obras primas.
My inspiration has ALWAYS been first and foremost the music. It is what stirs me to dance and excites my soul and my entire being. Without it, I am nothing. Currently, music is still my muse, but I also draw inspiration from another artist, Soriah. He is a Tibetan throat singer from Portland, Oregan and his music, his dedication, his discipline, and his art are something to behold. They are genius and inspire me to no end. His intimate concerts are like masterpieces…
BLOG: O quê a dança acrescentou em sua vida? | What have the dance add to your life?
Sem a dança, sinto-me estagnada e sem saúde. Eu acho que sempre
estou treinando meu condicionamento, ensaiando ou na pista de dança de um
clube. Quando danço, minha alma, minha mente, meu corpo são preenchidos com os
ingredientes necessários que fazem minha vida completa. A dança põe VIDA em meu
mundo.
Without dance I feel stagnant and unhealthy. I think that whether I am training, conditioning, rehearsing or on the club dance floor, when I dance my soul, my mind, my body are being filled with the necessary ingredient to make my life complete.Dance adds LIFE to my world.
BLOG: O quê você mais aprecia nesta arte? | What do you most like about this art?
Impressiona-me como podemos mexer com as pessoas
através de uma comunicação não verbal, e também como podemos interpretar a
música e tê-la expressa por nossos movimentos. É algo incrível de se apreciar.
It amazes me how much we can move people through nonverbal communication and how much we can interpret the music and have it come out through our movement. I think it is something incredible to behold.
BLOG:O quê prejudica a dança do ventre e como melhorar essa situação?Você acha que o tribal está livre disso? | What do think can do harm to belly dancing and how could this situation get better? Do you think Tribal Belly Dancing is free from that sort of harm?
Creio que se não tivermos anos de prática, base e
compreensão de nossa técnica, nossa arte corre grande risco de NÃO ser levada a
sério como expressão artística. DEVEMOS tentar ao máximo dominar nossas habilidades e técnicas antes de nos apresentarmos em um
palco ou em uma sala de aula como instrutoras. Se permitirmos falta de técnica
no palco e em classe, nossa forma de arte –que tantas de nós trabalharam por
incontáveis horas e anos de aperfeiçoamento – será prejudicada. A expressão
artística toma um apecto feio aos olhos do público, que acreditará que TODAS as
bailarinas de dança do ventre são assim e em minha opinião isto NÃO É CERTO!
I believe that if we do not have years of practice, foundation and understanding of our technique, then our art form is in grave jeopardy of NOT being seen as a serious art form. We MUST be on the journey to master our skills before presenting them either on stage or in the class room as an instructor. If we allow poor technique onto our stage and into our teaching, our art form that so many of us have worked countless hours and years to perfect, will suffer. The art form looks bad in the public eye and they will believe that that is how ALL belly dancers are and in my opinion that is NOT OK.
BLOG: Você já sofreu preconceitos na dança do ventre ou no tribal ? Como foi isso? | Have you ever suffered any kind of prejudice in Belly Dancing? How was it? How did you feel?
Sim, infelizmente. Quando comecei meu próprio
estilo de dança, fui ridicularizada. Algumas dançarinas afirmavam que aquilo
não era dança do ventre, que era feio ou que não compreendiam aquilo ou que não
era pura e verdadeira dança do ventre. Isso foi antes de termos tantos gêneros
diferentes. Era muito difícil ser tão criticada, mas continuei trabalhando em
minha técnica incansavelmente, permanecendo fiel e verdadedeira com minha
própria forma de expressão.
Yes I have, rather unfortunately. When I began to dance with my own style, I was ridiculed about my style. Some dancers stating that it was not belly dance, that it was ugly, or that they didn’t understand it, or that it wasn’t pure and real belly dance. That was before we had so many genres. It was very difficult to take such criticsm but I kept working on my technique over and over again and remained true to my own self expression.
BLOG: Houve alguma indignação ou frustração durante seu percurso na dança? | Have you ever felt resentment or indignation during your dance path?
BLOG: E conquistas? Fale um pouco sobre elas. | What about your achievements? Tell us a little about them.
Sinto que permanecendo fiel a mim mesma e a essa
forma de arte são as maiores realizações que tive; além de ter continuado
praticando após 12 anos. Tenho muito orgulho de ter continuado disciplinada por
todos esses anos e me fixado na dança do ventre! Tem sido extremamente
recompensador!
Também fui primeiro lugar em uma competição de
dança do ventre em 2003. Como já mencionei, recebi nostas altas, anualmente,
enquanto treinava com a Real Academia de Dança. E fui umas das mais jovens
bailarinas a fazer um solo em minha companhia de dança.
Sinto, também, que ser aceita na Escola de Dança de
Colleena Shakti foi uma grande realização. Depois, ir para a Índia, treinar com
ela por um mês, 6 dias por semana, foi uma enorme satisfação.
E morar na África por mais de dois anos também foi
uma de minha maiores realizações em toda a vida.
I feel like remaining true to myself and this art form are the biggest achievements I have had…aside from continuing my practice after 12 years. I am so proud to have remained disciplined for all of these years and stuck with belly dance! It has been so rewarding!
I have also won first place in a belly dance competition in 2003.
As I mentioned already, I received very high marks, yearly, when I was
training with the Royal Academy of Dance.
I was also one of the youngest ballet dancers in my dance company to
perform a solo.
I also feel like being accepted to Colleena Shakti’s School of Dance in
India was a great achievement and then going to India to train with her for one
month, 6 days a week, was a great accomplishment.
And also, living in Africa for over 2 years was also one of the biggest
achievements of my entire life.
BLOG: Antes de se envolver com o tribal fusion, em 2001 você iniciou com o folclore de danças tradicionais do Norte da África, com o grupo Danse Maghreb, com Janine Ryle. Houve algum motivo em especial em começar pelas danças folclóricas ao invés da dança do ventre? Qual a importância que você vê em ter passado primeiro pelo folclore? Você acha que esse fato levou-a primeiramente ao tribal fusion do que a dança do ventre? Qual a importância que você vê no estudo das danças folclóricas não só para a dança do ventre, mas para o estudo da dança tribal? | Before you got involved with Tribal Fusion, you have begun in 2001 with traditional folklore dances from North Africa with a dance group called Danse Maghreb with Janine Ryle. Did you have a special motivation to begin your career by dancing folklore instead of classical belly dancing? What do you think is important in studying folklore dances for classical belly dancing and tribal fusion belly dancing?
A resposta para a primeira
parte da pergunta já foi respondida acima. Veja a primeira pergunta que me fez.
Creio que a importância da
compreensão e treino em ambos, folclore E dança do ventre oriental estão no
conhecimento e estudo do que veio antes; de onde vêm nossas raízes e quais eram
alguns dos movimentos originais; aprender os “como” e “porques” também nos dá
entendimento da poderosa dança que praticamos, além de trazer maior
profundidade a nossas mentes e movimentos de dança atuais. DEVEMOS conhecer o que
veio antes e quais movimentos existiam para nos educarmos em nossa própria
forma de arte.
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Danse Maghreb - Kar, Ariellah, Jasmyn, Valerie,Janine |
The answer to the first part of your question I already answered above…See the first question you asked me.
I believe the importance of
understanding and training in both folkloric AND oriental belly dance lies in
the knowledge of what came before; where our roots are from and what were some
of the original movements…learning the hows and whys also give us insight to
the powerful dance we are performing and bring more depth to our minds and
actual dance movement. We MUST have some
knowledge of what came before and what the movements were in order to be
educated in our own art form.
BLOG: Como e quando você descobriu o tribal fusion e porquê se identificou com esse estilo?Quando começou a praticar o tribal fusion? | How and when have you discovered Tribal Fusion Belly Dancing and why did you identified yourself with this dance style?
Já mencionei como treinei o estilo folclore de dança do ventre e quis mais; e que minha professora me disse que com meu estilo, ambição e desejo eu deveria procurar por Rachel Brice e o Tribal Fusion. Então, foi através de uma recomendação que descobri sobre tudo isso. Eu estava em meu segundo ano de dança, então, tudo aconteceu desde o início.
I have already mentioned how I was training in folkloric style belly dance and wanted more and my dance instructor told me that with my style, my ambition and my craving that I should check out Rachel Brice and Tribal Fusion. So it was on a recommendation that I found out about it and it was only my second year of dance training in belly dance…so it was my style from the beginning.
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Ariellah and Rachel Brice |
BLOG: Em 2003, você se junta a Rachel Brice como membro fundador do The Indigo. Você acha que Rachel lhe cativou e abrir um novo universo de possibilidades na dança ao descobrir o tribal fusion? Como foi ser membro do The Indigo? | In 2003 you joint Rachel Brice as one of The Indigo´s founding member. Do think Rachel has captivated you in opening a new universe of possibilities in dance while discovering Tribal Fusion Belly Dancing? How did it feel being part of the The Indigo?
Acredito que Rachel tenha
aberto meus olhos, mente e coração para algo totalmente novo através de seu
amor pelo ATS®. Lembro-me de ser cativada pela fusão
indiana/flamenco e dança do ventre, assim como pela estética E sua empolgação
em tudo isso. Ela sempre me encorajou quando tinha novas idéias que surgiam em
minhas próprias coreografias e sempre me apoiou no que eu fazia, por outro
lado, sua atitude me encorajou a ser a artista que sou hoje. Como já mencionei,
foi maravilhoso trabalhar com a Rachel e o The Indigo, onde fui extremamente
disciplinada, treinávamos duro e também aprendíamos técnicas apropriadas,
aspecto muito focado no grupo. Então, foi uma verdadeira alegria e me senti
muito satisfeita trabalhando com a Rachel Brice e o The Indigo!
I believe that Rachel opened my eyes, mind and heart to something totally new with her love of ATS®…I remember being captivated by this fusion of india/flamenco and belly dance as well as the aesthetics AND her excitement about it. She was always encouraging me whenever I had new ideas that came about in my own choreographies and was always supportive of what I did and this in turn motivated me to be the artist I am today. As I mentioned before, it was wonderful to work with Rachel and The Indigo in that it was very disciplined and we trained hard and we also learned proper technique and this was a focus so it was a true joy and felt very satisfying to work with Rachel Brice and The Indigo!
BLOG: Em 2005 você fez algumas participações no grupo Bastet, de Janice Solimeno (ex-membro do The Indigo). Como era o estilo do grupo e como foi fazer parte do mesmo? | In 2005 you joint Bastet, Janice Solimeno´s group. Which was the group dance style and how did it feel to be part of it?
Entrei no Bastet por um curto período de tempo. Era,
na verdade, uma colaboração de bailarinas e foi fundado por Meliza Wells. Era ótimo aprender outros
estilos de dança do ventre e aspectos do tribal fusion de outras bailarinas do
grupo E trabalhar em diferentes coreografias que tinham diferentes sentimentos
dos que eu estava acostumada.
I did join Bastet for a brief time period…this was actually a collaborative of dancers and was founded by Meliza Wells as well. It was lovely to learn other styles of belly dance and other takes on tribal fusion from the other dancers in the group AND work on different choreographies that had different feels that I was used to.
BLOG: Em 2006, você funda o Noor Belly Dance, juntamente com Suzan Révah. Como era o desenvolvimento desse trabalho? | In 2004 founded Noor Belly Dance with Suzan Révah. How was the developing of this work?
Era
um projeto adorável, que simples e naturalmente evoluiu de uma amizade com a
parceira e companheira de classe Suzan Revah. Treinávamos juntas
semanalmente, gostávamos do mesmo estilo de música e tínhamos estéticas
semelhantes, além de simplesmente adorarmos uma à outra. Então, naturalmente
começamos a fazer shows juntas. Eu estava começando a tentar fazer meu próprio
nome, então era bom ter uma parceira! Também fui capaz de experimentar ainda
mais através de novas coreografias, não apenas para solo, mas com outra
bailarina. Eu realmente comecei a deixar rolar a música, deixando fluir e
correndo o risco, escolhendo músicas bem provocativas nesse tempo. Acho
que até mesmo dançamos The Faint! HA!
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Noor Belly Dance - Suzan Revah & Ariellah |
This was a lovely project that simply naturally evolved out of a friendship and practice and class partner, Suzan Revah. We were training together weekly and we liked the same music and had similar aesthetics and we just adored each other so we naturally began to take gigs together. I was beginning to try to make my own name so it was good to have a partner in crime! I also was able to experiment even more with new types of choreography not just for solo but with another dancer…I really also started to let go with music as well and go out on a limb and choose very edgy music in this time period as well. I think one time we even danced to The Faint! HA!
BLOG: Em 2007 você funda o seu próprio grupo o Deshret Dance Company, o qual você é diretora até hoje. Conte-nos como surgiu o grupo, o significado do nome, seus integrantes, qual estilo marcante do mesmo e se ele sofreu alguma mudança estrutural ou de estilo desde quando foi criado até agora. | In 2007 you founded you own group: Deshret Dance Company, in which you are the director until today. Tell us where the idea came from,what is the most significant style of the group? Has it ever suffered any significant changes in its structure or dance style since its foundation in 2007?
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Deshret Dance Company |
Deshret Dance Company é
definitivamente uma companhia de dança do ventre de fusão. Suas origens se
baseiam numa idéia e cenário bem teatral. Eu simplesmente precisava de um meio
de trabalhar as idéias que tinha na cabeça e havia tantas estudantes incríveis
trabalhando comigo naquela época que eu naturalmente quis trabalhar com elas e
dar a todas a oportunidade de explorarmos a dança juntas. A mudança mais
significante não foi exatamente artística, mas estrutural. Passei
aproximadamente 3-4 anos trabalhando com as mesmas bailarinas até onde estou
agora, onde trabalho em uma base de projeto a projeto (um de cada vez).
Escolhendo a dedo as bailarinas que acho que se encaixarão melhor com a peça do
momento.
Deshret Dance Company is definitely a fusion belly dance company and its origins are grounded in a very theatrical based idea and setting for dance. I simply needed a way to work with the ideas in my head and there were such incredible students working with me at the time that I naturally wanted to work with them and give us all an opportunity to explore dance together. The most significant change has not really been artisitically but structurally. I went from at least 3-4 years working with the same dancers, to where I am now, where I work on a project by project basis, hand picking dancers that I feel will work well with the piece at hand…
Tradução/Translation: Erica Carneiro