Nossa primeira entrevistada é a bailarina Kristinne Folly, que dançou por muito tempo em Nova Friburgo-RJ e é grande adepta das fusões exóticas, como gótico,medieval e metal.
BLOG: Conte-nos sobre sua trajetória na dança do ventre;como tudo começou para você?
KRISTINNE FOLLY: Comecei em 1995, minha mãe sempre escutava música árabe, era um disco de vinil que ela tinha, chamado Port Said, e eu gostava muito. Sempre achei uma dança feminina, sensual e difícil que exige muita coordenação e os movimentos são lindos e marcantes.
Comecei com a professora Janaína Waldeck, em 1995, no Círculo Militar da Praia Vermelha, quando eu morava na Urca. Nem contei ao certo o tempo que tenho de Dança, mas desde 1995.
BLOG: Além da dança do ventre você já fez ou faz mais algum tipo de dança? Há quanto tempo?
Quando eu era criança fiz Jazz e Ballet infantil, nem lembro o tempo rsrs eu era bem pequena.
BLOG: Quais foram suas primeiras inspirações? Quais suas atuais inspirações?
KRISTINNE FOLLY: Primeira inspiração foi minha própria professora e logo depois foi Nayma Akef uma bailarina antiga que já morreu. Inspirações atuais são Rachel Brice, Ariellah Aflalo, Asharah, Zoe; as de tribal em geral.
BLOG: O quê a dança acrescentou em sua vida?
KRISTINNE FOLLY: Auto estima, confiança em mim mesma, serve como uma terapia e um ótimo exercício físico.
BLOG: O quê você mais aprecia nesta arte?
KRISTINNE FOLLY: Os movimentos ,os benefícios que são muitos, os trajes e as músicas.
BLOG: Houve alguma indignação ou frustração durante seu percurso na dança?
KRISTINNE FOLLY: Sim, tem que correr muito atrás pra realizar algum evento; gasta muito dinheiro sem retorno; as bailarinas não se valorizam muito; dançam de graça ou por muito pouco, então é complicado levar isso como profissão. Outro problema são intrigas exageradas que sempre acontecem por causa de inveja ou pessoas soberbas.
BLOG: E conquistas?Fale um pouco sobre elas.
KRISTINNE FOLLY: Fiz vários trabalhos legais: fui representante da Colônia Libanesa em Nova Friburgo, participei da Festa da Arte (Nova Friburgo), Cadima Líbano, diversos Shows no Hotel Gamela (Cantagalo); não lembro aqui de todos os lugares que dancei, mas o que mais levo em conta foram minhas alunas que foram pessoas maravilhosas que conheci e até hoje sou amiga de algumas, a amizade foi a maior conquista.
BLOG: Você já sofreu preconceitos(na dança do ventre, fazendo fusões ou no tribal)? Como foi isso?
KRISTINNE FOLLY: Somente algumas professoras mais tradicionais falaram de mim por eu aderir esse estilo, mas não me recordo de algo mais.
BLOG:O quê prejudica na dança do ventre e como melhorar essa situação?Você acha que o tribal está livre disso ainda?
KRISTINNE FOLLY: As intrigas, inveja que muitas bailarinas tem de outras, competição entre as meninas! Na verdade eu não sei muito bem o que fazer pra melhorar isso, mas o ideal é sabermos respeitar o espaço de cada colega profissional e ter em mente que cada uma tem seu estilo e cada estilo agrada de uma forma, então se fossem todas iguais não haveria graça, sendo assim existirá um grupo de admiradores para cada uma e isso não deve gerar inveja em ninguém.
Eu acho que o Tribal não está livre disso, sempre vai existir uma que se julgue superior e pessoas invejosas sempre vão existir! Se na vida normalmente existe isso, imagina na dança que é muita mulher se misturando, e as mulheres são muito ligadas a " massagear o ego" mais que os homens, na minha opinião!
BLOG: Quando e por quê você começou a fazer fusões na dança do ventre?
KRISTINNE FOLLY: Em 2006, porque acho que a dança combina com outros tipos de música mesmo não sendo árabes nem egípcias e certas musicas mexem tanto comigo que seria um desperdício não dança-las como as medievais, celtas, metal em geral e clássicas.
BLOG: Como surgiu o Grupo Asgard?
KRISTINNE FOLLY: Em 2006, como me interesso por Mitologia Nórdica passei para Asgard o nome do grupo, foi também o período que comecei a fazer fusões.
BLOG: Como e quando você descobriu o tribal fusion e porquê se identificou com esse estilo?Quando começou a praticar o tribal fusion?
KRISTINNE FOLLY:Acho que descobri por volta de 2006 / 2007 com algum vídeo da Rachel e gostei muito porque pude misturar minha técnica com minha personalidade.
A primeira apresentação de tribal foi no Hotel Fazenda Gamela na época da novela Caminho das Índias.
BLOG: O que você mais gosta no tribal fusion?
KRISTINNE FOLLY: Os movimentos robóticos, marcantes, as ondulações, as marcações, serpenteados, o mistério e a possibilidade de poder juntar a técnica a minha personalidade.
BLOG: O que você acha que falta à comunidade tribal?
KRISTINNE FOLLY: A mesma que a Tradicional: humildade, honra, amor ao próximo, respeito e união.
BLOG: Como você descreveria seu estilo?
KRISTINNE FOLLY: Um estilo marcante, o oposto de sutileza e suavidade. Geralmente meus movimentos são grandes e meio exagerados.
BLOG: Improvisar ou coreografar?E por quê?
KRISTINNE FOLLY: Cada um tem uma preferência, mas eu particularmente prefiro improvisar porque posso fazer o que sinto na hora, sentir melhor a música;quando faço uma coreografia me sinto presa.
BLOG: Você trabalha somente com dança?
KRISTINNE FOLLY: Agora a dança nem chega a ser uma profissão e sim uma terapia. Estou trabalhando com Estética e também sou formada em Processos Gerenciais pela UCAM.
BLOG: Deixe um recado para os leitores do blog.
KRISTINNE FOLLY: A dança é muito boa, massageia nosso ego, levanta a auto estima, mas não podemos nos tornar soberbos!
Contato:
(21)7970-3284
kfolly@gmail.com
Para conhecer mais os trabalhos desta bailarina, acesse seu canal no Youtube!